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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Batalha interna: ficar contra você, pra quê?



Ah, não sei não. Não é do meu destino ser moderada. Não está em mim, não entendo. Escuto músicas com sons de chuva. Tenho frases "zen" espalhadas pela casa. Procuro meditar. Adoro final de semana no mato. Ando descalça. Invento letras pra espantar mau-olhado. Mas quer saber? Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO. Me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro.
Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida.
Li por aí que homens têm de ser DIRIGIDOS e mulheres têm de ser CONTROLADAS. Alguém já ouviu falar isso? Foi o autor Castaneda que escreveu. É, pessoal. Há muita verdade escondida ali, naquela simples frase maluca: homens precisam de direção e nós, mulheres, apenas de controle. CONTROLE SOBRE NÓS MESMAS, devo dizer. Porque direção - por mais que a gente negue e afirme estar perdida - a gente tem. Mulher nasceu com um sexto sentido aguçado e nosso "não-saber" é mais sábio que a própria razão.
Duvida? Devo admitir que às vezes também duvido. De mim. Moro no lado ocidental do planeta, mas nasci amiga da lua. E me vejo por horas na rua, procurando explicações plausíveis pra tudo. Uma contradição? Pode ser. Mas uma coisa eu aprendi no susto. A gente tem um poder - dentro da gente -que não tem tamanho. E pra mim, taurina e exagerada, esse é um desafio que me faz ficar cara-a-cara com quem pode, às vezes, se tornar a minha pior inimiga: eu mesma. Nunca me disseram que a maior batalha acontece aqui, bem dentro da gente.
(Ou já me disseram e eu não entendi direito:
frases só fazem sentido quando estamos prontas pra ouvi-las).

Por isso, hoje, com toda a minha loucura e uma vontade de aprender que não acaba, eu pego minhas fraquezas. Deixo-as enfileiradas. E as estudo como se minha vida dependesse disso. É. Com o auto-controle nas mãos, um propósito debaixo do braço e nossos inimigos internos dormindo, podemos - quem sabe? - nos tornar guerreiros impecáveis. Ou - se não - apenas sorrir mais.
O que pra mim já vale a luta. Ou uma vida inteira.


Fernanda Mello

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