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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Acabei de ler..."A casa dos budas ditosos"


"Embora o tema seja sexo, não é propriamente um livro erótico. É um livro devasso.Traz a tona outros assuntos como liberdade sexual, papel da mulher na sociedade, preconceitos sociais e sexuais... isso tudo, presumivelmente, nos anos 40! Se ainda hoje as façanhas dessa libertina deixam os leitores escandalizados, imagina como era nos anos 40.
Esse é o tipo de livro que  divide opiniões: chocante, irônico, instigante, excitante, envolvente, impertinente, engraçado, baixo. ousado... um tapa nos conservadores. O importante é saber que ninguém passa ileso e indiferente à franqueza rara deste relato e nem ao seu humor corrosivo..."
É recomendado a todos que tenham cabeça feita e maturidade para ler o conteúdo desse indiscreto buraco da fechadura. No mínimo, boas risadas são garantidas com os ensinamentos de Norma Lúcia- aliais, Norma Lúcia, eis aqui uma fã- e com as tramoias de sedução da baiana para conquistar seu professor casado. É bem divertido!"
Confesso, que até o último minuto, ou melhor, até o último parágrafo do livro a dúvida estava na minha cabeça... Será que este relato realmente é verídico? É muuuuita "história" para uma pessoa só (Rsrs)... Ainda mais uma mulher, nos anos 40... Bem, a verdade é que provavelmente nunca iremos saber se, de fato, o relato é ou não verídico. 
Vale lembrar: Quem se choca com facilidade deve ser chocado mais vezes!!!  Rsrs


"Faço tudo o que me dá na cabeça, não quero saber de limitações. Eu não pequei contra luxúria. Quem peca é aquele que não faz o que foi criado para fazer. Eu fiz o que Ele me criou para fazer."

"Cada instante é um, comparar é impossível. Na verdade, minha vida tem apenas um denominador comum, que é o fato de eu tê-la dedicado basicamente à satisfação saudável de minha luxúria. Tenho orgulho, grande orgulho disso,  como já devo ter deixado transparecer. Tudo em escala grandiosa assume grandiosidade. Creio firmemente que é o meu caso, não consigo vê-lo de outra forma, senão com orgulho. Agradeço muito a Deus, por Ele me ter dado a força, a determinação, a inteligência e a coragem para levar adiante o dom que recebi de nascença, digo isto com devoção, os burros não acreditam, os inteligente vêem logo que é verdade. Eu nasci com o dom que Deus me deu e honrei esse dom, diferente de muitos outros talvez quase todos. Ele fez a parte d'Ele, e eu fiz a minha, como ordena o Livro.Então eu tenho esse denominador comum, que é muito forte, muito singular, até porque, se a maioria das pessoas é mesmo como eu, a imensa maioria dessa maioria nunca conseguiu fazer um milésimo do que eu fiz. Não, não há como comparar nada, todo tempo tem sua individualidade. Como este que estou vivendo..."

"Minha solução também dependeu um pouco de sorte, se bem que, se ela não tivesse aparecido, eu a encontraria por outro caminho..."

"O limite é a memória!"

"Minhas paixões não são doentes, convivem perfeitamente bem e é por isso que não morrem como as outras, só morrem quando eu as deixo de regar, porque resolvi deixar de regar..."

"...Não seria tão bom se eu seguisse as prescrições, mas eu não dou a menor importância a quase nenhuma delas, ajo como sempre agi minha vida toda. Blasfemo nada, até agradeço. Faço tudo que me dá na cabeça, não quero saber de limitações. Eu não pequei contra a luxúria. Quem peca é aquele que não faz o que foi criado para fazer. E eu fiz o que Ele me criou para fazer. Não quero entender nada. Quero acreditar, mas não posso ter certeza, não se pode ter certeza de nada, que Deus me terá em sua Glória sei que Ele agora está rindo."
FIM

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